Joyce - Atendendo a Pedidos

Quando criança imaginava que quando crescesse e tivesse uma filha ela se chamaria Joyce. O tempo passou, meus gostos mudaram, Joyce já não está no topo das minhas preferências, mas nem por isso ficou esquecido. É um nome pelo qual tenho um carinho especial (talvez por me remeter à infância) e que tem um lugar em meu coração.

Joyce é um nome com ar contemporâneo mas suas raízes são muito antigas e, surpreendentemente, iniciou seu uso como nome masculino. Surgiu a partir do nome masculino medieval francês Josse, um derivado de Ioducus, que por sua vez é a forma latinizada do nome bretão Judoc, cujo significado é Senhor. O nome pertenceu a um santo francês do século VII. São Joyce (também chamado  de Judoc ou Josse), foi um príncipe que renunciou à sua riqueza e posição social para se tornar padre; viveu como um ermitão pelo resto de sua vida. Sua veneração se espalhou da França para Alemanha, Países Baixos, Inglaterra e Escandinávia.

O nome Joyce foi introduzido na Inglaterra pelos colonos bretões após a conquista normanda. Na Inglaterra medieval foi um nome dado à crianças de ambos os sexos. Tornou-se raro após o século 14, mas mais tarde foi revivido e se estabeleceu como nome feminino, talvez por causa da semelhança com a palavra inglesa joy - alegria (por esse motivo o significado de aquela que alegra é frequentemente atribuído à Joyce). Este nome também foi usado como sobrenome, um exemplo é o romancista inglês James Joyce (1882-1941).

Nos Estados Unidos atingiu seu pico de popularidade durante as décadas de 30 e 40, quando firmou-se como nome feminino e chegou a fazer parte do top 10. Atualmente seu desempenho faz menos barulho: em 2016 ocupou a 734° posição do ranking.

Até os anos 70 Joyce era um nome que quase não se via no Brasil; a partir da década de 80 passou a ser mais notado mas foi nos anos 90 que passou a ser mais requisitado atingindo seu auge de uso. Nessa época houve um grande salto em sua popularidade, o que credito à personagem Joyce, da novela História de Amor (Rede Globo, 1995). Joyce (Carla Marins) era uma jovem que vivia em conflitos com sua mãe Helena (Regina Duarte) e mantinha uma relação conturbada com Caio (Ângelo Paes Leme), seu namorado. Para saber mais clique aqui. O grande sucesso da novela pode ter servido para muitos pais optarem pelo nome. Só que após o término da produção a popularidade de Joyce caiu, sua moda foi passageira. Segundo o IBGE sua frequência é de 42.338 pessoas, sendo mais usual no Rio de Janeiro e região nordeste. Também há forte presença da grafia alternativa Joice, com a alta frequência de 128.064 pessoas em todo o Brasil.  Outras grafias computadas pelo IBGE e suas frequências: Joicy (2.093), Joici (1.074) e Joyci (427). Em 2017 Joyce recebeu 61 registros no estado de São Paulo.

Apenas recentemente Joyce foi aprovado em Portugal e, como um nome de introdução recente, possui pouquíssimos registros no passado (2 em 1928) e 3 (em 1974). No ano de 2016 foi registrado 6 vezes em terras lusas.

Personalidades:

• Joyce Blair - atriz e bailarina britânica;
• Joyce Cavalcante - escritora brasileira;
• Joyce de Oliveira - atriz brasileira;
• Joyce DeWitt - atriz americana;
• Joyce Moreno (também conhecida apenas por Joyce) - cantora e compositora brasileira.

Joyce Byers é ainda o nome da personagem de Winona Ryder na série Stranger Things. Joyce foi vivida por Maria Fernanda Cândido na novela A Força do Querer (Rede Globo, 2017).

Acho que Joyce é um nome que ainda pode despertar interesse em muitas famílias. É internacional, tem uma grafia diferenciada e atualmente é pouco comum. Ele tem algo de forte e decidido, o que me faz imaginar uma mulher que não desiste facilmente de seus sonhos e que corre atrás de seus objetivos.

Gostam do nome? Conheçem alguma Joyce?

Fontes Consultadas:

ARPEN/SP, Behind the Name, IBGE, IRN, Memória Globo, Nameberry, SPIE, Wikipédia.