Do grego γρηγορος (gregoros), que significa vigilante,
alerta, este nome facilmente se
latinizou em gregorius, dando origem à
versão que hoje comummente conhecemos: Gregório!
Foi extremamente popular entre os
primeiros cristãos, por ser o nome de várias personalidades a quem se atribuíam
milagres e, por extensão, foram considerados santos. Este intenso elo religioso,
fez dele o nome predileto de dezasseis Papas, que estreitaram esta relação
entre o nome Gregório e a tradição
religiosa do povo, mantendo-o popular por toda a Europa durante a Idade Média e
séculos consequentes.
Contudo, em Portugal, no abrir do século
XX, Gregório era já um nome
relativamente incomum, verificando-se muitas dificuldades em ultrapassar a
fasquia dos 30 registos anuais. Esta realidade parece acentuar-se com o abrir
do século XXI, sendo que, concretamente, no ano de 2013 foi registado apenas um
Gregório e os compostos Miguel Gregório, Gregório António e Pedro Gregório. Em 2014,
não houve nenhum registo independente, tendo sido utilizado apenas em dois compostos:
Joaquim Gregório e Leonardo Gregório. Por fim, em 2015, não foi registado nenhum menino cujo primeiro nome fosse Gregório.
No Brasil, de acordo com o IBGE, a frequência de Gregório é de 10.761 pessoas com este nome em todo país, o auge de popularidade se deu durante a década de 50 mas o uso entrou em decínio em anos posteriores. Foi registado 20 vezes no estado de São Paulo em 2015, havendo ainda registos como segundo nome nos compostos Arthur Gregório (3 registos), Miguel Gregório (2 registos) e Pedro Gregório (2 registos).
No Brasil, de acordo com o IBGE, a frequência de Gregório é de 10.761 pessoas com este nome em todo país, o auge de popularidade se deu durante a década de 50 mas o uso entrou em decínio em anos posteriores. Foi registado 20 vezes no estado de São Paulo em 2015, havendo ainda registos como segundo nome nos compostos Arthur Gregório (3 registos), Miguel Gregório (2 registos) e Pedro Gregório (2 registos).
Estaremos a passar por uma crise nominal?
Acredito que, contraposto com os nomes que mais são apreciados pelos
portugueses e brasileiros, Gregório
acaba por ter uma sonoridade demasiado demarcada e pesada, que não o torna
muito atrativo nem contemporâneo. Quiçá, se combinado com nome de cariz mais
moderno e suave como Luca, Dinis ou Davi, se consiga inverter esta tendência.
Como referências, destaco Gregório Duvivier, ator e comediante
brasileiro; o cantor de Jazz, Gregory
Porter, e o músico Indie/Folk, Gregory Alan Isakov. No passado, Gregório
de Matos Guerra, o maior poeta satírico brasileiro que viveu durante o período
colonial; Gregório Lopes, importante
pintor português do século XV; o grande botânico e impulsionador da genética, Gregory Mendel; o místico Grigori Rasputin e o galã do cinema dos
anos 50, Gregory Peck. Gregory foi também o nome escolhido
para o protagonista da famosa série de medicina e diagnóstico, House, M.D., mais conhecido como Dr.
House. Devo referir também que um dos Papas citados, mais conhecido como Gregório Magno, foi um grande doutor da Igreja, que introduziu o chamado canto gregoriano, utilizado nos rituais litúrgicos e demais ofícios religiosos, uma tradição que perdeu importância com o tempo, mas continua a ser apreciada.
Qual é a
vossa perceção do nome? Consideram-no ultrapassado?
Não gosto.
ResponderExcluirNão acho Gregório um nome ruim, mas acho pesado e a sonoridade não me agrada, acho enrolada. Gosto mais do seu diminutivo, Greg.
ResponderExcluirAcho horrível, pela sonoridade e porque onde vivo, 'chamar o gregório' é semelhante a 'gregar', 'vomitar'. Para mim, dos piores nomes de sempre.
ResponderExcluirNão gosto nada, tb penso em gregar, vomitar.
ResponderExcluirNão acho ultrapassado, eu gosto!
ResponderExcluirAcho perfeito! Tenho um amigo com este nome já estou acostumada com ele.
ResponderExcluirEsse é meu sobrenome, quando era mais nova não gostava... mas com o tempo aprendi a lidar.
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