segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Então e Zé?



Pensei e repensei muito antes de escrever este post. Escrevi, apaguei e voltei a reescrever sem perceber muito bem aonde queria levar esta publicação, mas com a certeza que a queria fazer. Acho que no fundo me custou a admitir que , praticamente do nada, vindo de lugar nenhum, tinha ganho um lugar cativo no meu coração. Logo eu, que para rapaz tenho tendência a gostar de nomes longos. Logo eu, que não sou a maior fã de diminutivos/alcunhas, tinha-me afeiçoado a e à potencialidade que acredito que o nome tem.

É óbvio que com os anos os nossos gostos mudam. Tenho noção de que quando era pré-adolescente, adolescente e quando entrei na fase de jovem adulta que o meu gosto onomástico se foi alterando. Não completamente, nada da água para o vinho, mas havia nomes que gostava e que tinha deixado de gostar e vice-versa. 

Mas com foi um bocado diferente. Sempre convivi com algumas pessoas chamadas José, ou, como fazem sempre questão de se apresentar. Mas com José nunca tinha feito aquele click. Era um nome como tantos outros, para mim não era bom, nem mau, era apenas um nome ao qual eu não ligava, até porque, lá está, estou para conhecer um José que se trate por José e não por .

Os anos foram passando e o contexto onomástico em Portugal também, há 5 anos atrás era impensável registar um . Em 2016, passou a ser aceite, mas apenas como segundo nome numa composição e só em 2017 é que passou a ser considerado como nome próprio que se pode registar sem restrições. E não é que apenas um ano depois o nome obteve 23 registos? Mais registos do que Gael, Levi, Martinho, Caetano ou Abel

Acho engraçado que este afeto que ganhei com não aconteceu com outros diminutivos/alcunhas. Por exemplo, considero Manuel muito mais elegante e bonito do que Manel (que no ano passado foi alvo de 81 registos em Portugal). E confesso que me custa um bocado imaginar um menino ser registado Pipo e não Filipe (outro nome que gosto tanto!) Mas penso que no caso específico com isso não me acontece porque toda a minha vida convivi com 's e não com José's. 

Mesmo no quesito de compostos, considero superior a José. Gosto muito mais de Pedro, Afonso, Ricardo ou até mesmo Maria do que estas versões com José

Visto que vem de José a sua origem é hebraica e significa aquele que acrescenta. E acho que é isso mesmo que veio fazer, acrescentar a todos nós uma possibilidade de um nome tão simples e singelo ser registado, ou então, se assim acharmos melhor, acrescentar um segundo nome a que fica sempre bem. Tenho a certeza que tem o que é necessário para começar a ser ouvido e subir pelo ranking português, afinal, nós já usados, só não registamos os nossos filhos assim e damos imensos registos à versão José

Acham que estou a ficar maluca ou é mesmo uma boa aposta como nome próprio?

Fontes Consultadas:
O BLOG DOS NOMES, IRN. 

7 comentários:

  1. Não gosto da idéia de apelidos virarem nomes próprios, embora eu já tenha aprendido que é assim que a evolução onomástica acontece. Prefiro mil vezes Leonardo a Leo, Isabela e Anabela à Bela e José a Zé...

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  2. Eu não gosto dos diminutivos. Prefiro José em vez de Zé, como noutros nomes.

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  3. O meu gosto por diminutivos varia. Alguns adoro, outros detesto, mas à maioria sou indiferente. Por exemplo, eu adoro Bia, gosto até mais do que de Beatriz, e consigo vê-lo perfeitamente como nome próprio. Já diminutivos como Xico ou Xica, ui! Abomino-os! Zé, eu diria que está na categoria dos indiferentes até porque, tal como no caso da Ana, eu já convivi, e convivo, com várias pessoas que, sendo José, são apenas tratadas por Zé. É um diminutivo ao qual me habituei e, por causa do hábito, não me soa assim tão estranho como nome próprio. Não sei se prefiro Zé ou José... Não gosto particularmente de nenhum... É como disse, são-me indiferentes. Prefiro bastante mais as suas variações Joseph ou Josef, apesar de não gostar suficientemente do significado para usar.
    Enfim, no que toca a diminutivos não tenho que me preocupar muito com a questão de "será que se eu der este nome vão todos chamar @ meu filh@ por um diminutivo?", pois eu tenho tendência a preferir nomes curtos, especialmente para primeiro nome: Audrey, Star, Asher, Lucca, Frankie, Juno... Nenhum pede, necessariamente, um diminutivo. Excepcionalmente, Valentim e Alexandre também estão bastante alto no meu top, mas como se eu os usasse seria como segundo nome (gosto particularmente de Asher Valentim e Lucca Alexandre), também não há grande risco de serem usados diminutivos.

    Bjs
    Inês

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  4. Minha opinião sobre apelidos ou diminutivos varia de nome para nome. Leo, por exemplo, acho muito mais bonito do que Leonardo. Gosto também de Isa/Iza, Malu e Manu e usaria tranquilamente como um nome próprio. Sobre Zé acho que fica muito curto, muito simples e olha que em geral eu gosto de nomes mais minimalistas. Em termos de nomes compostos concordo com você.

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  5. Gosto de nomes diminutivos, mas zeca não sei ..Acho que prefiro Zeca .

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