sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Silvano


Silvano, um nome de aroma italiano cuja tradição se associa à Mitologia Romana. Sim, é nome de Deus Romano (!) o deus dos bosques e das florestas! Uma bonita associação, sobretudo para aqueles que apreciam a natureza no seu estado mais puro. É quase um nome que inspira ares hippies, diria eu.

No Brasil utilizou-se sobretudo na década de 70, pelo que hoje em dia pode ser visto como um nome muito senhoril e, por isso, pouco adequado para uma criança nascida hoje. Ao total, entre 1930 e 2000 nasceram no Brasil inteiro mais de 31 mil pessoas com este nome, uma realidade bem diferente da atual onde em 2015 (São Paulo) só se o encontra em compostos como Cláudio Silvano, Davi Silvano, Lorenzo Silvano ou Rafael Silvano. Pessoalmente acho que, a utilizá-lo, seria melhor apostar num nome moderno em primeiro lugar, como os compostos mencionados sugerem.

Já em Portugal, o nome sempre foi utilizado de forma constante ao longo das décadas, nunca ultrapassando os 11 registos anuais, o que nos diz que o nome, apesar de conhecido, é até bastante raro na população portuguesa. Os registos atuais dizem-nos exatamente o mesmo, com Silvano a aparecer apenas em compostos no ano de 2014 (Manuel Silvano e Rafael Silvano). Curiosamente, em ambos os nossos países, Silvana parece um nome mais apreciado que o seu masculino!

De uma forma geral, podemos dizer que Silvano não é um nome contemporâneo e o facto de ter ficado muito associado a gerações específicas no Brasil não ajuda a desempoeirá-lo. A terminação também não é das mais apreciadas pelos nossos povos e Silas tem-se apresentado cada vez mais como um diminutivo (e nome próprio) mais agradável e moderno, tornando-se mais facilmente uma opção para as famílias brasileiras. Ainda assim, a associação à Mitologia Romana e também à Natureza, de forma geral, torna-o um nome muito interessante!


Fontes consultadas:
ARPEN/SP, Behind the Name, IBGE, IRN, SPIE.

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