Luís é
um dos nomes que me são mais queridos. Gosto dele pela simplicidade, pela
modéstia, pelo cunho aristocrático e pela imensidão cultural que abarca em
apenas quatro letras. Tem uma sonoridade
meiga e simultaneamente carismática. É um nome mais-que-perfeito e
mais-que-completo, cujo único “pecado” é ser imensamente popular.
De acordo com os dados estatísticos
recolhidos no Brasil referentes aos nascimentos entre 1930 e 2000, existe cerca
de um milhão de pessoas com este nome, nesta grafia, e outro milhão e pouco com
a grafia (antiga) Luiz. Isto perfaz
cerca de 2 milhões de Luíses só no
Brasil, país onde a versão feminina é também muito apreciada! Recentemente, o
interesse pelo nome tem decrescido, embora ainda tenha arrecadado uns 4400
registos (Luiz) e outros 2000 (Luís) no ano de 2016, no Estado de São
Paulo.
Em Portugal, não temos dados tão concretos,
mas sabemos que entre 1920 e 1980 foram registados cerca de 140 mil pessoas com
este primeiro nome, fora os conhecidos compostos com Luís em segundo lugar (como João
Luís), que também já explorámos aqui no Blog. O ponto mais alto da utilização de Luís em Portugal foi no ano de 1972 com 4704 registos, sendo que
hoje em dia tem uma média aproximada de 350 registos/ano. Ainda que a
utilização de Luís tenha decrescido
ao longo dos anos, a sua reputação eleva-o facilmente à categoria de nome
clássico. E, se me permitem, um dos clássicos mais bonitos que existem.
Foi, desde logo, o nome de Camões, pai da
língua portuguesa! Foi também nome do mítico rei sol, Louis XIV de France, cujo símbolo perpetuado até aos nossos dias foi a
Flor-de-Lis (fleur-de-Louis), a par de toda a ostentação arquitetónica, têxtil e
botânica do seu reinado. Na cidade do Porto (Portugal), a icónica Ponte Luiz I, em honra ao rei português com
o mesmo nome. Do outro lado do oceano, Louis
Armstrong, inconfundível ícone do jazz. As personalidades que carregaram e
carregam este nome (em todas as suas variantes) são inúmeras, pelo que deixo em
consideração as minhas referências pessoais na certeza de que cada um terá as
suas.
É um nome que pontua também pelo
significado: guerreiro ilustre. Tem
origem no germânico Chlodovech, formado
pelos elementos hlud (famoso) e wig (guerreiro), tendo evoluído
para Ludwig (Ludovico), que, por sua vez, se latinizou sob a forma Louis.
Concluo, afirmando que Luís é um nome que não foi abalado pelo tempo. Continua atual, continua
presente, sendo profundamente português e brasileiro, ao mesmo tempo que pontua na escala de internacionalização dos nomes. De fácil grafia, de fácil
leitura, de fácil pronúncia em qualquer parte do mundo. É um nome respeitável e,
acima de tudo, recomendável!
Fontes
Consultadas:
ARPEN (SP), Behind the Name, IBGE, IRN, SPIE, Wikipedia
Apesar de todas estas qualidades positivas que enumerou, eu não consigo gostar nem um pouquinho do nome. Nem do feminino. Não consigo gostar.
ResponderExcluirGosto do som de Luís. Pensava que significava sábio. Acho-o muito bom para segundo nome
ResponderExcluirNão sou muito fã mas é um bom nome para compostos.
ResponderExcluirConcordo 100% com tudo que disseste Joana. Eu adoro Luis e também acho que é o mais belo dos clássicos. Adorei o post, vou ter saudades de mais escritos por ti. Beijinho.
ResponderExcluirSeguramente estou cercada na família por mais de 10 (Luiz e Luísas), essa popularidade me afasta do nome. No entanto, certamente é um dos melhores nomes para composições.
ResponderExcluirJoana, o texto está perfeito! Parabéns e Sucesso.