quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Pompeu


É quase impossível que, pela semelhança sonora, não associemos Pompeu a Pompeia, a cidade italiana a sul de Nápoles que terá ficado mundialmente conhecida pela tragédia que a assombrou, deixando-a submersa em toneladas de cinza e lava após a erupção do Vesúvio (79 d.C). Portanto, quis verificar a existência de relação entre ambos os nomes e, segundo percebi quase se pode estender a leitura dos significados de um e de outro a Pompeu, natural de Pompeia!

A explicação mais clássica para o nome da cidade italiana aponta para o mito da sua fundação estar associada a Hércules, que descobriu o local quando regressava triunfal de terras de Espanha, sendo que, segundo esta explicação Pompeia deriva da palavra grega pompe, que se refere a uma procissão triunfal. No entanto, teorias mais recentes têm vindo a defender que a origem do nome da cidade está associado à palavra pompa, das línguas sabélicas, predominantes no território italiano antes da formação da república romana. Este nome terá sido dado à cidade em prol dos seus cinco distritos!

Na Antiga Roma, Pompeu era um nome de família sendo o seu portador mais famoso o general e senador do século I, Gnaeus Pompeius Magnus, também conhecido como Pompeu, o Grande. À sua pessoa estão associados os vários golpes de estado que terão deteriorado o poder de Júlio César, obrigando, no entanto, ao seu exílio no Egipto onde seria morto.

Em Portugal, achei que o nome seria raríssimo, mas ao consultar as Bases de Dado da SPIE, que nos dá uma ideia da utilização dos nomes próprios ao longo do século XX, constatei que entre 1920 e 1980 raros foram os anos em que não nasceu nenhum menino chamado Pompeu em Portugal! O máximo de registos anuais foi alcançado em 1935 e 1953 (12 registos em cada ano)! Mais recentemente, sim, o nome é raro, tanto que em 2013 e em 2014 não houve um único registo deste nome.

Acredito que o nome possa causar alguma estranheza mas é perfeitamente válido e cheio de História! Se não quer ser demasiado ousado mas gosta do nome, por que não utilizá-lo num composto, como segundo nome? Inspirando-me no Império Romano, imagino logo um par de irmãos Áquila & Pompeu. Seria, indiscutivelmente, diferenciado nos nossos dias, não concordam?

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