Nídia,
tão bonito, tão melódico. Tem uma aura muito leve, muito estival, muito
luminosa também. Por razões incertas, é um nome que me lembra o Verão, que
associo a cores quentes como as da fotografia acima. Por muito que se tivesse
procurado uma fotografia para acompanhar esta publicação, para mim,
dificilmente outra me lembraria tanto uma Nídia
como a menina que aqui está hoje a representar o nome!
Por algum motivo que eu também desconheço,
sempre pensei em Nídia como um nome
espanhol ou, num sentido mais abrangente, hispânico. Acho que realmente me
transmite uma energia muito descontraída e calorosa como outros nomes hispânicos.
Mas não, Nídia não encontra as suas
raízes aqui.
A verdade é que Nídia até recentemente não era considerado um nome próprio até que,
inspirado pela palavra latina nidus,
que significa ninho, o autor britânico
Edward Bulwer-Lytton o usou pela primeira vez numa personagem do seu romance
mais conhecido, Os últimos dias de
Pompeia (1834), um romance em torno da erupção do Vesúvio em 79. a.C. Na
história, Nydia era uma escrava cega
que foi raptada para que pudesse viver em liberdade nas ruas de Pompeia, onde
passou a vender bonitas flores aos seus habitantes. A história é singela e não
tem um fim muito entusiasmante, mas tem uma candura e delicadeza que associo
mesmo ao nome. Inspirado nesta história, o escultor americano Randolph Rogers
esculpiu Nídia, a rapariga cega de
Pompeia (1856), escultura que pode ver ao clicar aqui.
Em Portugal o nome sempre foi muito discreto,
atingindo uns interessantes 41 registos no ano de 1977. Nunca ficou associado a
nenhuma geração em especial, o que é ótimo! Atualmente continua a ser raro com
4 registos em 2013, 3 em 2014 e 9 em 2015. Em 2014 foram ainda registados os
compostos Nídia Beatriz, Nídia Joana, Nídia Miguel e Yasmim Nídia.
No Brasil o cenário é idêntico, é um nome raro (existe um total de 3000 pessoas
com o nome)! Na década de 80 nasceram mais mulheres com este nome, mas ainda
assim, a percentagem terá sido tão baixa que é impossível dizer que Nídia é um nome dos anos 80. Não foram
encontrados registos do nome em São Paulo (2015).
Pessoalmente acho um nome muito mimoso e o
facto de estar associado à literatura é um ponto a seu favor. Também o considero internacional e muito romântico. No entanto, é
mesmo a sonoridade que acho muito querida. Concordam?
Fontes consultadas:
ARPEN/SP,
Behind the Name, IBGE, IRN, SPIE e
Wikipedia (Edward Bulwer-Lytton, The last days of Pompeii)
Concordo, acho Nídia mesmo muito mimoso, gracioso! Foi uma criação literária muito feliz, aliás nomes criados pela literatura podem nos reservar gratas surpresas e Nídia é uma delas. Além de ter imediatamente me lembrado Lídia, tb me lembrou Nívea.
ResponderExcluirA primeira vista achei giro mas depois ao repetir o nome várias vezes não gostei, acho enjoativo.
ResponderExcluirMim chamo Nídia Rosa e amo meu nome, tenho uma irmã que se chama Nádia Maria.
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