Voltemos a abrir o baú! Os nomes antigos são
sem dúvida os meus favoritos, os que me cativam num abrir e piscar de olhos e
os que me mantêm entusiasmada durante mais tempo. Curiosamente, os nomes
modernos não têm o mesmo brilho para mim – mas ainda bem que somos todos
diferentes!
Há algumas semanas atrás tive a oportunidade
de viajar um bocadinho pelo norte de Portugal e conheci imensa gente nova. Sobretudo
pessoas de mais idade e um nome que sempre vinha à conversa era Henriqueta! Uma verdadeira relíquia!
Cada vez que o ouvia ficava a pensar como abraçava o fascínio antigo de outra época
e como o deixámos cair em esquecimento ano após ano, ao ponto em que Henriqueta é pouco mais que uma memória.
Se recordarmos a publicação sobre os NomesAristocráticos do Século XIX, constatamos que este era um nome do top 30, comumente
utilizado pelas classes altas em Portugal e surgem-nos nas bases de dado
antigas compostos como Maria Henriqueta,
Júlia Henriqueta ou Emília Henriqueta. Tudo uma delícia
para quem gosta de compostos com uma pitada antiga e uma pitada moderna. Contudo,
o nome tornou-se demasiado pesado e passou de uns poucos 60 registos em 1920
para 0 em 1980.
De igual modo, no Brasil, Henriqueta tem vindo
a decair dramaticamente desde o início dos anos 30 e neste espaço de tempo
compreendido entre 1930 e 2000, não foram registadas mais de duas mil mulheres
com este nome – o que é muito pouco, dada a realidade populacional do Brasil.
Mas a realidade portuguesa atual continua a não
ser simpática: dois registos como primeiro nome em 2014, um registo em 2015 e
nenhum no ano passado. O mesmo se verifica na realidade atual brasileira onde não
existe nenhum registo nos últimos dois anos no Estado de São Paulo.
Henriqueta é
um nome do passado. Pode não ter grande beleza para muitos e pode ser
extremamente ultrapassado para outros. Sendo honesta, não lhe confiro suficiente estatuto clássico para o utilizar e sei que perde muitos pontos ao lado do seu
masculino, o eternamente clássico Henrique.
Significa governante da casa, é de origem germânica. Embora não tenha sido
utilizado pela monarquia portuguesa ou brasileira, era relativamente usado pela
inglesa e francesa.
Fontes consultadas:
ARPEN/SP, Behind the Name, IBGE, IRN, O Blog
dos Nomes, SPIE.
Não gosto.
ResponderExcluirNão vou dizer que não gosto, mas é um nome que eu não usaria nunca em uma filha por achar antiquado mesmo, apesar de gostar muito do masculino Henrique. Tenho um primo com esse nome e ele teve uma filha que há 4 dias fez 1 aninho. Lembro de não ter gostado do nome que escolheram para a menina (Valentina) e brinquei dizendo que seria melhor que puxassem para o nome dele e colocassem Henriqueta (risos). Insistiram em Valentina mesmo. Apesar de ser um nome que tem ganhado popularidade, tive que acostumar, mas não gosto ainda. E voltando a Henriqueta, também não fica atrás. Um nome antigo assim como Guilhermina, porém consigo gostar mais deste último. Acredito que é porque tem uma atriz brasileira chamada Guilhermina e é uma mulher que inspira elegância, e consigo sentir isso no nome, porém também não usaria, pois gosto de nomes mais melódicos e doces.
ResponderExcluirPara variar o post está ótimo. Uma capacidade boa de eufemismo. 😄😁 mas sobre Henriqueta... Acho que há nomes que é tão marcante e pleno que não comporta um correspondente seja no feminino quanto no masculino. Eles são apenas isso "o correspondente de gênero do nome principal". Henriqueta é um desses, Mariano, Guilhermina, Cesária. Alguém já pensou no masculino de Ana? Não tem... Ou feminino de Mário? Até tem, mas com um tom de nomes sem expressão... Desnecessário rs.
ResponderExcluirComentário muito inteligente, Maria Angélica, parabéns! Guilhermina para mim é mais "aceitável" por ter uma boa referência dele aqui no Brasil e já estou acostumada a escutá-lo por causa disso, mas realmente ele, como tantos outros, é apenas um correspondente de gênero como você disse muito bem. É por isso que não usaria nomes assim, eles não costumam ter as características que gosto, geralmente são mais 'antiquados", muitas vezes são aristocráticos e fortes demais, enfim... São nomes que não dizem nada.
ExcluirEnquanto Henrique é leve e jovial, apesar de antigo, Henriqueta é pesado e senhoril. Talvez por isso tenha caído em desuso e ficado apagado em relação à sua versão masculina. Pessoalmente acho sua sonoridade e grafia brutas, não gosto, mas gostei do post, achei uma leitura muito agradável.
ResponderExcluirConcordo, Patricia! É mesmo um nome antigo e forte (pesado/bruto).
ExcluirSe agora voltássemos séculos atrás talvez conseguisse gostar de Henriqueta, mas de forma realista não o acho nada bonito nem usável para os dias de hoje! Já fui muito mais "ingénua" nisto dos nomes, mas agora acredito fortemente que "há nomes que dão, outros que não".
ResponderExcluirAcho que é um dos nomes mais feios que existem.
ResponderExcluirO seu também de bonito não tem nada. Lamento
ExcluirMe chamo Henriqueta e gosto muito do meu nome. Realmente antes das pessoas me conhecerem pessoalmente sempre acharam que estavam a lidar com uma senhora de 70 anos - remete ao velho, mas é um nome incomum e forte e gosto dessas qualidades. Abraços do Brasil.
ResponderExcluirO mundo acabando e as pessoas preocupada com mone HENRIQUETA QUE LINDO CUIDAR DO LAR NÉ coisa que esta acabando amor ao lar família , tem de ser ultrapassado NÉ
ResponderExcluirMeu nome é Henriqueta. Amo o meu nome. Lindo, clássico, elegante. Dona Henriqueta! Ser chamada assim é muito respeitoso.
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