Nino,
um nome muitas vezes criticado por comparação à sua versão feminina! Mas o
trabalho d’O Blog dos Nomes também
passa por desmistificar preconceitos, muitas vezes por quebrá-los. Fazemo-lo
muito em relação aos nomes antigos, em relação aos nomes estrangeiros e também
em relação ao género dos nomes! E confesso que a mim me dá muito gosto fazer
este trabalho quase revolucionário.
Como temos vindo a escrever imensas vezes ao
longo do último ano, cada vez mais se nota uma tendência mundial para usar nomes
masculinos que são meigos, que são queridos e doces. E não é mentira nenhuma,
basta olhar para os nossos tops nacionais e outros ranking internacionais. É cada
vez mais comum que se apreciem nomes como Benício,
Benjamim, Davi, Diego, Dinis, Luan ou Luca, o que me dá
esperança para acreditar que no horizonte nomes como Abel, Elias, Gil, Guido, Ian, Milo ou Nilo se começarão a erguer como alternativas originais e suaves nos
próximos anos!
Naturalmente, também acredito que Nino pode entrar neste bouquet de nomes simpáticos e doces para
meninos sem que sofra com o preconceito de ser associado a nome de menina. Que é
isso afinal?! Nina realmente é um
nome muito bonito e, comparativamente, mais utilizado. Facto este que não tem
de diminuir a beleza de Nino, nem
retirá-la, de todo. Aliás, nem é verdadeiro dizer que Nino é a versão masculina de Nina,
uma vez que Nina também surgiu como
abreviatura de outros nomes com esta terminação. Torna-se fácil ver que Nino é também um diminutivo intuitivo
de outros nomes, sobretudo com ar italiano, como por exemplo, Antonino ou Giannino (diminutivo de Giovanni); o que significa que, por esta
via, quer Nino quer Nina não têm um significado, são apenas
formas reduzidas de outros nomes.
Em Portugal sabe-se que, entre 1955 e 1980,
nasceram apenas 13 pessoas com este nome, e que atualmente Nino continua em baixa com um registo em 2013 e outro em 2015. Já
no Brasil, estima-se que entre 1930 e 2000 tenham nascido cerca de 800 pessoas
com este nome, mais até durante a década de 70, embora em número insuficiente
para marcar a geração. O que é excelente pois não dá para Nino ter um ar ultrapassado, mas em sua vez, um ar moderno!
Em jeito de conclusão, deixo a nota de que os
preconceitos são importantes para organizarmos a nossa visão do mundo, nem
sempre são negativos. Mas, realmente, há outros que são absolutamente desnecessários.
Descartar nomes masculinos apenas porque são muito doces ou meigos parece-me um
desses preconceitos – quando na sua origem está a comparação ao género feminino
(atenção que há quem não goste de nomes doces e meigos em género nenhum!). Nino merece mais compreensão desse
ponto de vista, e a provar o que digo, ainda neste ano a Bela Gil deu à luz o seu Nino,
que se veio juntar à sua irmã Flor.
Que acham de Nino?
Fontes consultadas:
ARPEN/SP, Behind the Name, IBGE, IRN, SPIE.
Gosto de Nino devido a Bela Gil
ResponderExcluirAcho mto feio Nino, nem como apelido gosto.
ResponderExcluirAdorei o texto! Sem dúvida é um grande preconceito achar que meninos precisam ter nomes fortes e meninas nomes mais doces e delicados. O primeiro passo é reconhecermos esses preconceitos e depois perguntarmos se eles ainda tem espaço nos dias de hoje. Acho que já é hora de superarmos vários desses preconceitos. Espero ver logo muitos Ninos por aí!
ResponderExcluirAdoro Nino justamente pelo seu ar suave e doce, é um nome muito meigo realmente, e acho lindo nomes masculinos com esse estilo. Adoro o par Flor e Nino, acho muito harmônico.
ResponderExcluirPrefiro Nuno
ResponderExcluirNão gosto.
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