Não sei se alguma vez ouviram falar neste
nome. Para mim, até há umas semanas atrás, era-me completamente desconhecido.
Não estou certa se alguém o achará bonito ou usável, mas ele é tão diferente
que me chamou logo à atenção! Depois, repeti-o imensas vezes na minha cabeça
para saber se gostava da sonoridade ou não e não cheguei a conclusão nenhuma.
Para mim, Columba continua tão
intrigante como no dia em que o vi pela primeira vez!
Fiquei
em dúvida se deveria dar primazia à grafia Colomba,
que é a versão italiana e espanhola do nome, ou se deveria restringir-me àquela
que era a grafia utilizada em Portugal num passado muito distante, e também a
mais internacional, Columba. Achei
que Colomba, por apresentar uma
sonoridade mais aberta poderia soar mais moderno ou até retirar algum peso ao
nome ou adicionar-lhe alguma candura e doçura. O meu patriotismo acabou por
falar mais alto e decidi manter Columba,
tal como na versão original.
De
acordo com o Behind the Name, Columba é um nome feminino que tem a
sua raiz num latim mais tardio, que significa pomba. Um nome com significado
idêntico a Paloma ou Jonas. Foi inicialmente considerado um
nome unissexo, existindo Santos e Santas com este nome, todos eles mártires
cristãos. No entanto, quis saber qual seria a tradição do seu uso – em termos
de género – em Portugal, por isso corri as bases de dados do Arquivo Regional da Madeira para
registos de Casamentos e Batizados, e lá estavam elas, esposas e filhas – Columbas do século XIX, algumas delas
com uns compostos bem interessantes como Aurélia
Columba, Columba Amália, Columba Augusta e Columba Maria Rosa.
Mas
pensar este nome e não pensar em Cristóvão
Colombo pode ser praticamente
impossível, por isso tentei descobrir se haveria relação entre os dois.
Aparentemente, o nome Colombo ou Columbo foi importado pelos portugueses
que estiveram no Sri Lanka em 1505, derivado do termo cingalês clássico kolon thota, que significa porto sobre o rio Kelani, ou derivado da
expressão kola-amba-thota, que
significa porto com árvores frondosas de
manga. Por extensão, Columba
seria a versão feminina deste nome.
Descobri
entretanto, que existe também uma constelação no hemisfério celestial sul com
esse nome - e aqui fiquei entusiasmadíssima porque simplesmente adoro estrelas
e constelações! – que foi criada pelo astrónomo holandês Petrus Plancius em 1592, tendo sido o seu nome original Columba Noachi (a pomba de Noé), referindo-se à pomba que trouxe a
Noé um ramo de oliveira anunciando o
fim do dilúvio. Quem me conhece sabe que Noé
é um dos meus nomes masculinos de eleição, por isso fiquei contente com a
associação dos dois nomes.
Provavelmente,
Columba não é recuperável numa
realidade próxima. A lista de nomes autorizados em Portugal, inclusive, retirou
(ou omitiu) este nome, embora os registos antigos nos demonstrem que tem alguma
tradição em Portugal como nome feminino e tem uma etimologia certa que
justifica o seu uso, também por não existir alternativa fonética ou gráfica
autorizada. Pessoalmente, acho-o forte e um daqueles nomes com imensa
personalidade. É-me paradoxal, nunca sei se gosto dele, mas certamente sou uma
entusiasta de Columba e podia
recomendá-lo a alguém com mente muito aberta e com uma boa dose de ousadia.
Como referência, dou destaque à lindíssima atriz mexicana Columba Dominguez.
Qual é a vossa primeira impressão deste nome?
Achei interessante :)
ResponderExcluirAcho a sonoridade muito pesada, mas gostei do significado. Columba me faz lembrar o bolo Colomba Pascal, muito vendido por aqui na época da Páscoa. Não é um nome da minha preferência,mas gostei de saber mais sobre ele!
ResponderExcluirNão gostei, achei muito pesado e com uma sonoridade feia.
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