sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Felicidade


Eis um nome próprio que espelha um dos estados de espírito mais desejados pela humanidade! A busca pela Felicidade sempre residiu no coração de toda pessoa, desde a mais simples à mais intelectual e sempre motivou a revolução do espírito e o crescimento interior. Contudo, nos últimos anos, temos vindo a ser estonteantemente confrontados com milhares de estímulos sobre a Felicidade e meios para a atingir (ou será a Felicidade o meio?)! Isto deixa-nos bem claro que se trata de um valor central na construção da humanidade de hoje e porque não recuperar este conceito e aplicá-lo como nome próprio a uma criança?

Etimologicamente, a palavra Felicidade tem origem no Latim tardio Felicitas, utilizado não apenas para designar ou desejar que alguém seja feliz, estando também associado à boa sorte e ao ser afortunado. Outros nomes próprios que remetem para este sentimento são Felícia, Feliciana, Felisbela, Felisbina e Felismina. Para rapaz, FelicíssimoFeliciano, Félix e Feliz. Felicidade destaca-se deste grupo por ser o mais longo e o mais literal (juntamento com Feliz), de resto, todos os outros têm um grau de maior abstração que os podem tornar mais atrativos do público em geral.

Durante o século XX, em Portugal, o nome foi usado de forma comedida mas, ainda assim, foi suficientemente utilizado para que possamos hoje conhecer alguma senhora assim chamada. Para ser mais precisa, entre 1920 e 1940 nasciam em média, por ano, 75 meninas com este nome, número que começou a diminuir a partir da década de 50 e, hoje em dia, não é praticamente utilizado. Em 2013 foram registadas três meninas: Irina Felicidade, Laura Felicidade e Maria Felicidade. No ano seguinte, por mais curioso que possa ser, foi utilizado num composto masculino: Francisco Felicidade.

No Brasil o uso também sempre foi discreto e sua frequência em todo o país é de 2.016 pessoas, com maior concentração de portadoras nas regiões norte e nordeste. Teve maior destaque na década de 1940, mas a partir de 1990 deixou de receber registos como primeiro nome. Em 2015, no estado de São Paulo, foi registado duas vezes como segundo elemento nos compostos Mayra Felicidade e, surpreendentemente, no composto masculino Vitor Felicidade.

Em Portugal o nome era também utilizado junto da aristocracia do século XIX onde se podem encontrar compostos como Augusta Felicidade, Leonor Felicidade e Maria da Felicidade. Nos dias de hoje, Felicidade poderia ser também utilizado em compostos que partilhem de um outro nome mais curto e de vínculo mais contemporâneo como Ária, Cora, Ema, Eva, Inês, Ísis, Lara, Mia (Mia Felicidade, muito querido) ou Olívia.

Felicidade é o nome de uma santa cartagena, martirizada no século I, com a mulher a quem servia, Perpétua. Num plano bem mais recente e mundial, através de Felicity, seu correpondente na língua inglesa, temos Felicity Rose Jones, a incrível atriz britânica e Felicity Huffman, atriz norte-americana conhecida pela famosa série televisiva Donas de Casa Desesperadas. Felicidade é também o nome de uma música recentemente composta pelo artista brasileiro Seu Jorge!

Que acham deste nome? Enquadra-se bem nas tendências de nomeação atuais?

6 comentários:

  1. Acho giro mas prefiro Felícia, que está no meu top 5 :)

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  2. Não gosto. Não gosto muito deste género de nomes, como Felicidade e Piedade.

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  3. Fiquei surpresa ao saber que Felicidade já foi usado como nome próprio...hoje em dia não acho usável, acho q Felícia é uma opção mais viável.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Eu adoro esse nome, mas não usaria.
    Gosto da opção Felícia, no entanto não me encanta a ponto de usá-lo também.

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  6. Lindo! Acho que não tem muitas chances de se tornar tendência.

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