Um nome muito antigo que caiu largamente em
desuso nas últimas décadas. Outrora muito procurado pelas famílias portuguesas e
brasileiras, vindo de tempos bem longínquos, anteriores à formação dos nossos
países.
De origem visigoda, Américo começou por ser utilizado originalmente na grafia Amalric, que depois foi traduzido para o
germânico Emmerich, que combinava os
elementos linguísticos haims/heim
(casa) e rik (chefe), significando,
assim, o que governa a casa. A partir
desta perspetiva evolucionista do nome, podemos até dizer que Américo é primo de um outro nome hoje
em dia muito utilizado e amado pelos nossos povos: Henrique. Quem diria!
Depois de vingar em países dominados pela
cultura germânica, Emmerich viajou
para a Itália Medieval onde começou a ser utilizado sobre a forma Amerigo, aquela que mais se aproxima
versão portuguesa que, entretanto, também foi importada para Portugal!
E diretamente da Itália Medieval chega-nos o
nome Amerigo Vespucci (1451-1512), um explorador profundamente popular e
conceituado no seu tempo que, apesar de não ter sido o descobridor do continente
americano, inspirou a sua denominação. Sim, é verdade. O Continente Americano
chama-se assim em homenagem ao explorador italiano, numa latinização do nome
para Americus (apesar de o nome não
ser originalmente latino). Muito curioso!
Hoje em dia será difícil dissociar o nome próprio do continente, mas será isto
um problema?
Durante o século XX, mais concretamente,
entre 1920 e 1980, em Portugal, podemos constatar que este não foi um problema
para as famílias portuguesas. Na verdade, o nome só desceu dos 100 registos
anuais perto de 1976 (e está em queda desde então), chegando a atingir cerca de
400 registos anuais em muitos dos anos disponíveis para andar! Números
extraordinários que, por estarem a várias gerações, fazem com que Américo não possa ser considerado um
nome datado, apenas antigo. Que sempre é uma conotação mais leve, a meu ver.
Pelo contrário, no Brasil, o nome parece ter ficado associado à década de 50, prevendo-se que existam atualmente em todo o território brasileiro (independentemente do ano de nascimento) cerca de 15 mil pessoas com este nome!
Pelo contrário, no Brasil, o nome parece ter ficado associado à década de 50, prevendo-se que existam atualmente em todo o território brasileiro (independentemente do ano de nascimento) cerca de 15 mil pessoas com este nome!
Recentemente, sabemos que nasceram 5 meninos
chamados Américo como primeiro nome
em 2013, Portugal, outros cinco no ano seguinte e 3 em 2015. Alguns dos
compostos registados em 2014 foram Abel
Américo, Américo Alexandre, Eduardo Américo, Rafael Américo e Tomás Américo. Já agora,
a respeito deste último composto, deixo aqui a nota de que Américo Thomaz foi um
antigo militar e político português, que chegou a ser Presidente da República. No
Brasil, o nome praticamente está desaparecido, com apenas um registo em São
Paulo. Nos dados da ARPEN também aparecem alguns compostos como Felipe Américo ou Pedro Américo mas é difícil perceber se nestes casos será nome próprio
ou sobrenome.
Que acham do nome?
Fontes consultadas:
Ana Belo (1997) Mil e tal nomes próprios,
ARPEN/SP, Behind the Name, IBGE, IRN, SPIE.
-S-U-P-E-R- DATADO
ResponderExcluirAcho antiquado mas tem uma sonoridade forte, interessante. Fica bem como segundo nome, gostei de Eduardo Américo e Pedro Américo.
ResponderExcluirNão faz meu estilo me lembra a palavra América
ResponderExcluirGostari de saber sobre o nome Liana
Muito datado e pesado.
ResponderExcluirGostei … amo meu segundo nome que é Américo , só que no meu caso ficou como sobrenome . Maria A. Américo.
ResponderExcluirUé
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