Esta publicação é um pouco diferente das que costumo fazer. À semelhança do que aconteceu com outros nomes - escritos por outra membro do grupo Sociedade dos Nomes -, decidi inovar nos meus textos e desta vez abordar dois nomes em simultâneo! Mas a criação deste par não foi ao acaso, pelo contrário: por um lado, ambos os nomes têm a mesma raiz etimológica, e por isso estão fortemente relacionados; por outro lado, gosto igualmente dos dois e vou adorar compará-los e, quem sabe, decidir-me por um deles!
Comecemos então. Como alguns se calhar já sabem, tanto Máximo como Maximiliano têm origem no latim e derivaram de Maximus, que começou por ser um apelido/sobrenome romano cujo significado é grandioso ou o maior.
No século XV, o imperador Frederick III (Sacro Imperador Romano-Germânico) deu a um dos seus filhos o nome Maximilianus, que seria a junção dos nomes de dois generais romanos que o imperador tanto admirava: Fabius Maximus e Cornelius Scipio Aemilianus. Assim, Maximus + Aemilianus terão dado origem a Maximilianus, precisamente de onde surgiu Maximiliano. Sabendo que Aemilianus significa rival, então Maximiliano poderá significar rival grandioso, ou o maior rival.
Se esta teoria está correcta, podemos afirmar que Maximiliano tem igual relação com Maximus e com Aemilianus, e consequentemente também está relacionado com Emiliano, já que este derivou de Aemilianus (que por sua vez se originou a partir de Aemilius, de onde vem Emílio!). No entanto esta teoria faz-me pensar: não poderia Maximilianus ter-se formado de maneira natural a partir de Maximus, sem precisar da junção com Aemilianus? Tal como Aemilius deu Aemilianus, Maximus poderia ter dado Maximilianus. Mas isto sou só eu a divagar. Sempre achei as histórias etimológicas muito interessantes; não só aprendemos algo novo sobre determinado nome como também ganhamos capacidade para pensar de forma autónoma sobre o assunto! Mas pondo agora a imaginação de parte, vamos à popularidade dos nomes.
No contexto português, tanto Máximo como Maximiliano são escolhas raras para rapazes, fenómeno que já se tem vindo a observar desde o início do século XX (de acordo com os dados do SPIE). Ainda assim, Máximo foi mais usado ao longo desses anos. De um modo geral, de 1920 a 1955 foi tendo sempre registos, ainda que poucos. A partir de 1955 o cenário alterou e ficou anos consecutivos sem ser usado, tendo tido 2 ou 3 registos num ou outro ano.
Maximiliano teve ainda menos sorte: nesse mesmo período (60 anos) só foi usado 9 vezes, e sempre com espaçamentos enormes entre cada ano! Em 1920, 1928 e 1976 teve 2 registos, e em 1950 teve 3. Nos restantes anos, zero registos. Atualmente os valores mantêm-se praticamente inalterados - e, mais uma vez, Máximo está ligeiramente acima de Maximiliano - e continua a ser raríssimo encontrar bebés portugueses com estes nomes. No ano de 2014, Máximo teve 3 registos (e Maximiliano teve 2), e foram registados os seguintes compostos: Máximo Santiago (1), Máximo Josué (1) e Santiago Máximo (1). Ou seja, dos três rapazes que nasceram em 2014, só um é apenas Máximo!
No contexto brasileiro não consegui encontrar dados referentes às décadas anteriores, mas consultei os registos de 2014 e de 2015 de São Paulo e pareceu-me ver uma inversão da realidade: enquanto que Máximo teve 0 registos nesses dois anos, Maximiliano teve 5 e 12! Daqui reforço a ideia que já tinha antes de começar a escrever esta publicação (e antes de saber os registos de cada nome): apesar de achar ambos os nomes perfeitamente usáveis, tanto em Portugal como no Brasil, Maximiliano parece-me satisfazer mais o povo brasileiro, e Máximo o povo português. Mas como disse, acho-os perfeitamente usáveis em ambos os contextos! No entanto cada nome tem as suas diferenças - e particularidades -, e por isso uns preferirão Máximo, outros preferirão Maximiliano (e haverá outros que não conseguirão escolher nenhum, por não gostarem ou, se forem como eu, por gostarem igualmente dos dois!).
Pensando nas opiniões gerais que vou lendo/ouvindo, Máximo poderá ganhar por ser mais simples, e Maximiliano por não ser literal. Concordo que existem essas diferenças entre um e outro, mas não acho que Máximo perca por ser literal, nem que Maximiliano perca por ser mais complexo! Acho-os muito elegantes e poderosos, cada um à sua maneira - e mesmo sendo mais comprido, Maximiliano transmite-me uma doçura que não encontro em Máximo, por causa dos "i" e da terminação -ano que eu acho tão suave!
Em termos de estilo, acho que Máximo não anda longe de Salvador, o literal português do momento, e ambos remetem para uma figura imponente e com grande responsabilidade (um é salvador, o outro é grandioso). Maximiliano, apesar de ser mais comprido e de ter mais sílabas, podia conquistar os corações daqueles que adoram nomes como Adriano, Cristiano, Emiliano ou Luciano. A meu ver, Maximiliano tem a vantagem de ser muito menos usado do que esses nomes, o que o torna ainda mais fantástico e único! O possível diminutivo Max - igualmente válido para Máximo - atrai-me imenso, acho-o super giro! Outros diminutivos possíveis são, por exemplo, Maxi, Milo (adoro!) e Liano.
Gostava de ver mais rapazitos com estes nomes. Custa-me pensar que poderei ser das poucas a reconhecer o potencial de Máximo e de Maximiliano! Mas por outro lado esse é mais um aspecto que me fascina neles: são exclusivos! Além disso têm uma vibe italiana que agrada a muita gente!
Maximiliano teve ainda menos sorte: nesse mesmo período (60 anos) só foi usado 9 vezes, e sempre com espaçamentos enormes entre cada ano! Em 1920, 1928 e 1976 teve 2 registos, e em 1950 teve 3. Nos restantes anos, zero registos. Atualmente os valores mantêm-se praticamente inalterados - e, mais uma vez, Máximo está ligeiramente acima de Maximiliano - e continua a ser raríssimo encontrar bebés portugueses com estes nomes. No ano de 2014, Máximo teve 3 registos (e Maximiliano teve 2), e foram registados os seguintes compostos: Máximo Santiago (1), Máximo Josué (1) e Santiago Máximo (1). Ou seja, dos três rapazes que nasceram em 2014, só um é apenas Máximo!
No contexto brasileiro não consegui encontrar dados referentes às décadas anteriores, mas consultei os registos de 2014 e de 2015 de São Paulo e pareceu-me ver uma inversão da realidade: enquanto que Máximo teve 0 registos nesses dois anos, Maximiliano teve 5 e 12! Daqui reforço a ideia que já tinha antes de começar a escrever esta publicação (e antes de saber os registos de cada nome): apesar de achar ambos os nomes perfeitamente usáveis, tanto em Portugal como no Brasil, Maximiliano parece-me satisfazer mais o povo brasileiro, e Máximo o povo português. Mas como disse, acho-os perfeitamente usáveis em ambos os contextos! No entanto cada nome tem as suas diferenças - e particularidades -, e por isso uns preferirão Máximo, outros preferirão Maximiliano (e haverá outros que não conseguirão escolher nenhum, por não gostarem ou, se forem como eu, por gostarem igualmente dos dois!).
Pensando nas opiniões gerais que vou lendo/ouvindo, Máximo poderá ganhar por ser mais simples, e Maximiliano por não ser literal. Concordo que existem essas diferenças entre um e outro, mas não acho que Máximo perca por ser literal, nem que Maximiliano perca por ser mais complexo! Acho-os muito elegantes e poderosos, cada um à sua maneira - e mesmo sendo mais comprido, Maximiliano transmite-me uma doçura que não encontro em Máximo, por causa dos "i" e da terminação -ano que eu acho tão suave!
Em termos de estilo, acho que Máximo não anda longe de Salvador, o literal português do momento, e ambos remetem para uma figura imponente e com grande responsabilidade (um é salvador, o outro é grandioso). Maximiliano, apesar de ser mais comprido e de ter mais sílabas, podia conquistar os corações daqueles que adoram nomes como Adriano, Cristiano, Emiliano ou Luciano. A meu ver, Maximiliano tem a vantagem de ser muito menos usado do que esses nomes, o que o torna ainda mais fantástico e único! O possível diminutivo Max - igualmente válido para Máximo - atrai-me imenso, acho-o super giro! Outros diminutivos possíveis são, por exemplo, Maxi, Milo (adoro!) e Liano.
Gostava de ver mais rapazitos com estes nomes. Custa-me pensar que poderei ser das poucas a reconhecer o potencial de Máximo e de Maximiliano! Mas por outro lado esse é mais um aspecto que me fascina neles: são exclusivos! Além disso têm uma vibe italiana que agrada a muita gente!
O que acham destes nomes? Qual dos dois preferem?
Fontes consultadas:
ArpenSP, Behind The Name, Frederick III - Holy Roman Emperor (wikipedia), Listas Completas de Nomes Registados em Portugal (2012, 2013, 2014 e 2015), SPIE.
Na verdade nenhum dos dois nomes me atrai, não consigo ver beleza neles e também acho ambos pesados(principalmente Maximiliano). Tendo que escolher, fico com Máximo, mas prefiro na grafia italiana, Massimo. Apesar de não gostar dos nones, gostei bastante do texto, muito bom!
ResponderExcluir*nomes
ExcluirSou descendente de máximos ! Avisa português que se ficaram no Brasil tem história da cidade de campo grande mato grosso do sul ! Vieram ajudar na fundação da cidade ! Saírem de Frutal em minas gerais! Estou em busca de parentes desconhecido!
Excluirnenhum me encanta, mas gosto mais de Máximo.
ResponderExcluirPrefiro Máximo a Maximiliano, também conheço a versão Maximiano, que prefiro a estas duas :)
ResponderExcluirAdoro Máximo. Já Maximiliano acho muito pesado.
ResponderExcluirPrefiro Máximo, mas não sou grande fã. Costumo implicar com a letra "x".
ResponderExcluirPrefiro Máximo mas não gosto nem se um nem de outro.
ResponderExcluirNão consigo ser fã de nenhum... A mim me soa muito pomposo.
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