Na Mitologia Grega, filho de Calíope e Apolo, Orfeu era
conhecido como o maior poeta e músico que o mundo alguma vez conheceu. Com a
lira (instrumento musical) que seu pai lhe oferecera, Orfeu fazia música tão bonita que as árvores dançavam e os rios
paravam para a escutar. Os pássaros cantavam mais docemente e os demais animais
perdiam o medo. Os Homens, também esses se encantavam e encantou-se também Eurídice, uma ninfa por quem Orfeu se apaixonou e se tornou sua
mulher. Por intervenção fatalista do destino, Eurídice morre e Orfeu
desce ao submundo acompanhado pela sua lira, encantando o barqueiro, o cão que
vigiava os portões do Mundo dos Mortos e o próprio Deus do Submundo,
convencendo-o a devolver-lhe a amada à vida. Porém, impõe-lhe a condição de não
olhar Eurídice uma única vez até que
se encontrasse novamente na Terra. O jovem músico e poeta, demasiado
sensibilizado por ter a mulher de novo consigo não conseguiu resistir à
tentação e olhando-a de relance, perdeu-a tragicamente para sempre.
O nome transporta em si uma história
impressionante e detém um vínculo extraordinário às artes, aspetos que
particularmente aprecio muito. Em termos de significado, presume-se que Orfeu deriva da palavra grega orphne, que quer dizer a escuridão da noite, mais um aspeto
interessantíssimo que se adiciona a este nome. E como entusiasta de conjuntos
temáticos, não posso deixar de referir que simplesmente adoro a ideia de um par
de irmãos (ou gémeos, até) Lira
& Orfeu! Tão musical e mágico!
Trata-se de um nome com uma sonoridade e
presença muito fortes mas, lamentavelmente não é aceite em Portugal como nome
próprio, ao contrário de todos os outros nomes apresentados neste texto. No
Brasil, no entanto, continua a se apresentar como opção (viável) a quem o
queira utilizar.
Como referências além da personagem da
mitologia grega, mas a si associado, refiro a Revista Orpheu, uma
famosa revista literária criada pelos génios portugueses Fernando Pessoa e Mário
Sá-Carneiro. Uma revista muito polémica que veio a revolucionar a sociedade ao
apresentar o futurismo e outras vertentes da arte como alternativa aos seus
sectores mais conservadores.
Joana
Recharte.
Consideram Orfeu utilizável como nome próprio na nossa língua?
Sim, acho usável e bem querido! :)
ResponderExcluiracho adorável, adoro a história :)
ResponderExcluirAcho bem interessante, gosto dessa terminação
ResponderExcluirAcho usável sim
ResponderExcluirAcho usável, gosto!
ResponderExcluirAcho usável também. Muito bonito.
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