quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Luís/Luiz



Luís é um dos nomes que me são mais queridos. Gosto dele pela simplicidade, pela modéstia, pelo cunho aristocrático e pela imensidão cultural que abarca em apenas quatro letras. Tem uma sonoridade meiga e simultaneamente carismática. É um nome mais-que-perfeito e mais-que-completo, cujo único “pecado” é ser imensamente popular.

De acordo com os dados estatísticos recolhidos no Brasil referentes aos nascimentos entre 1930 e 2000, existe cerca de um milhão de pessoas com este nome, nesta grafia, e outro milhão e pouco com a grafia (antiga) Luiz. Isto perfaz cerca de 2 milhões de Luíses só no Brasil, país onde a versão feminina é também muito apreciada! Recentemente, o interesse pelo nome tem decrescido, embora ainda tenha arrecadado uns 4400 registos (Luiz) e outros 2000 (Luís) no ano de 2016, no Estado de São Paulo.

Em Portugal, não temos dados tão concretos, mas sabemos que entre 1920 e 1980 foram registados cerca de 140 mil pessoas com este primeiro nome, fora os conhecidos compostos com Luís em segundo lugar (como João Luís), que também já explorámos aqui no Blog. O ponto mais alto da utilização de Luís em Portugal foi no ano de 1972 com 4704 registos, sendo que hoje em dia tem uma média aproximada de 350 registos/ano. Ainda que a utilização de Luís tenha decrescido ao longo dos anos, a sua reputação eleva-o facilmente à categoria de nome clássico. E, se me permitem, um dos clássicos mais bonitos que existem.

Foi, desde logo, o nome de Camões, pai da língua portuguesa! Foi também nome do mítico rei sol, Louis XIV de France, cujo símbolo perpetuado até aos nossos dias foi a Flor-de-Lis (fleur-de-Louis), a par de toda a ostentação arquitetónica, têxtil e botânica do seu reinado. Na cidade do Porto (Portugal), a icónica Ponte Luiz I, em honra ao rei português com o mesmo nome. Do outro lado do oceano, Louis Armstrong, inconfundível ícone do jazz. As personalidades que carregaram e carregam este nome (em todas as suas variantes) são inúmeras, pelo que deixo em consideração as minhas referências pessoais na certeza de que cada um terá as suas.

É um nome que pontua também pelo significado: guerreiro ilustre. Tem origem no germânico Chlodovech, formado pelos elementos hlud (famoso) e wig (guerreiro), tendo evoluído para Ludwig (Ludovico), que, por sua vez, se latinizou sob a forma Louis.

Concluo, afirmando que Luís é um nome que não foi abalado pelo tempo. Continua atual, continua presente, sendo profundamente português e brasileiro, ao mesmo tempo que pontua na escala de internacionalização dos nomes. De fácil grafia, de fácil leitura, de fácil pronúncia em qualquer parte do mundo. É um nome respeitável e, acima de tudo, recomendável!

Fontes Consultadas:
ARPEN (SP), Behind the Name, IBGE, IRN, SPIE,  Wikipedia

5 comentários:

  1. Apesar de todas estas qualidades positivas que enumerou, eu não consigo gostar nem um pouquinho do nome. Nem do feminino. Não consigo gostar.

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  2. Gosto do som de Luís. Pensava que significava sábio. Acho-o muito bom para segundo nome

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  3. Não sou muito fã mas é um bom nome para compostos.

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  4. Concordo 100% com tudo que disseste Joana. Eu adoro Luis e também acho que é o mais belo dos clássicos. Adorei o post, vou ter saudades de mais escritos por ti. Beijinho.

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  5. Seguramente estou cercada na família por mais de 10 (Luiz e Luísas), essa popularidade me afasta do nome. No entanto, certamente é um dos melhores nomes para composições.
    Joana, o texto está perfeito! Parabéns e Sucesso.

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