quinta-feira, 8 de junho de 2017

Omar

Um nome com cheirinho a oriente, a especiarias e a grandes palacetes arábicos! Mais um nome das Mil e Uma Noites! Omar chega até nós por duas vias etimológicas, a primeira diz-nos que Omar é um nome árabe que advém do elemento umr que significa vida; a segunda diz-nos que Omar é um nome de raiz hebraica que significa o que fala. Entre uma e outra, escolho a arábe, obrigada!

Adoro o significado do nome e acho que sonoramente é um nome muito fácil e bonito de se dizer. Olhando para a sua adequação à língua portuguesa, acredito que é um nome que se enquadra relativamente bem, embora possam surgir comentários do género “Oh Mar!” Nada contra, na verdade acho que é uma associação bonita, ao nosso maravilhoso mar que tanto nos deu no passado! Além disso, Omar tem uma terminação bonita, fresca e airosa. Parece bater Óscar em frescura e Gaspar em originalidade. Um nome com beleza a descoberto!

No entanto, é raríssimo em Portugal. Entre 1930 e 1980 nasceram apenas 38 rapazes com este nome, e todos depois da década de 50. Também aposto que se recuarmos nos séculos também será extremamente difícil de encontrar um Omar na História de Portugal. E o mesmo se estende ao presente: 5 nascimentos em Portugal em 2014 (registo do composto Ravi Omar), 7 em 2015 e 6 em 2016 (desconhecendo-se os compostos usados nestes anos). Ainda assim, denota-se um maior interesse por este nome.

No Brasil também não é e nem foi um nome popular, mas teve maior incidência na década de 60 e 70. No estado de São Paulo em 2015 nasceram apenas 14 meninos com este nome e no ano seguinte nasceram 20. É um nome que, aos poucos vai despertando a atenção dos nossos povos.

Em termos de referências mundiais, temos o eterno galã do cinema antigo Omar Sharif (conhecido pelo seu papel em Dr. Jivago) e o poeta persa Omar Khayya. Na religião muçulmana é o nome de um importante profeta, enquanto que na Bíblia Omar é filho de Elifaz e neto de Esaú. O nome é mencionado em três passagens no Antigo Testamento.

Fontes Consultadas:
Ana Belo (1997) Mil e tal nomes próprios, ARPEN/SP, Behind the Name, IBGE, IRN e SPIE.

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