Carlo

Carlo, mais um nome que se insere perfeitamente na categoria das tendências modernas: pequenino, de fácil internacionalização e com uma bela de uma vibração italiana. Enquadro-o bem ao lado de nomes como Gil, Luca, Matteo ou até mesmo Nico. Curtinhos e meiguinhos.

Carlo trata-se da versão italiana de Carlos, um nome germânico que significa “homem”. Enquanto Carlos é um nome extremamente datado nos nossos países (foi muito utilizado na década de 70, sobretudo), Carlo raramente foi utilizado como alternativa e permanece intocável depois de tantos anos. A lista portuguesa, inclusive, aceita-o há bastante tempo mas tem sido difícil fazer com que as famílias se apaixonem por ele – ou, em explicação alternativa, se esqueçam de Carlos.

Comparativamente com Carlos, o nome não tem expressão em Portugal, com apenas 65 registos entre 1960 e 1980 (não há registos anteriores a 1960) e nos últimos três anos nasceram apenas dois meninos com esse nome. No Brasil o cenário é o mesmo, mas a expressão de Carlo é já mais elevada. Os dados do IBGE estimam que existam atualmente cerca de 10 mil pessoas com este nome no Brasil nascidas entre 1930 e 2000 – o foco vai para as décadas de 50 e 60, altura em que nasceram mais meninos com este nome, talvez em busca de uma alternativa ao híper-popular Carlos. Em 2015 foram registados 6 em São Paulo e 9 meninos chamados Giancarlo (que corresponde a João Carlos, em português).

Carlo foi o nome de vários pintores e mecenas italianos, o nome de batismo de um Papa e o nome do pai de Napoleão Bonaparte, pelo que se pode antecipar que é um nome com ligações à aristocracia. Mas não é um nome de uso exclusivo italiano, na verdade também é muito utilizado na Croácia e é o nome de um dos distritos do Mónaco: Monte Carlo. Monte Carlo é também o nome de um conhecidíssimo casino em Las Vegas e de um filme nele inspirado. Carlo é, portanto, um nome nas bocas do mundo!

Que acham de Carlo?

Fontes consultadas:

ARPEN/SP, Behind the Name, IBGE, IRN, NameBerry e SPIE.