domingo, 22 de maio de 2016

Constantino


Enquanto Constança arrebata corações entre os nossos povos, sobretudo entre os portugueses, Constantino, tal como muitas das suas variações linguísticas, tem ficado aquém do seu potencial nos últimos anos.

Em Portugal, durante o século XX não ultrapassou os 70 registos por ano (SPIE) e atualmente é considerado um nome muito raro entre bebés, quase esquecido. Em 2013 foi usado nos compostos Gonçalo Constantino, Lourenço Constantino e Manuel Constantino, em 2014 foi usado como Constantino (só), Diego Constantino e Mário Constantino. Em 2015, não obteve nenhum registo. O seu uso também foi raro no Brasil ao longo das décadas, encontrando-se em decadência desde os anos 40 (IBGE). Hoje em dia o seu uso é raro, ainda assim, em São Paulo, há o registo de dois meninos assim chamados no ano de 2015, juntamente com compostos como Alexandre Constantino, Matheus Constantino, Davi Constantino, Felipe Constantino ou Tiago Constantino. Parece que se torna interessante conjugar nomes mais conhecidos e usados pelo grande público com este nome mais discreto mas cheio de força. Acredito que Constantino é capaz de preencher um composto de forma primorosa mas também acredito que possa ser usado sozinho em todo o seu esplendor. Matias Constantino ou Pedro Constantino seriam sugestões minhas que aliam nomes contemporâneos ou clássicos a este nome poderoso.

Acredito que é realmente um nome com presença, que se faz notar. É também um nome longo como tantos outros que se vão acomodando confortavelmente nos nossos tops nacionais (Alexandre, Bernardo, Francisco, Frederico, Guilherme, Leonardo, Lourenço, Santiago, Sebastião).

A maior referência a ser citada será o Imperador Romano, do século IV, Constantino, o Grande, que mudou a capital do Império de Roma para aquela terra que viria a ser chamada de Constantinopla (atual Istambul) em sua honra. Foi também o primeiro líder romano a aceitar o Cristianismo no seio do império, quebrando com as perseguições seculares que se faziam sentir contra os cristãos. A origem do nome vem do latim constantinus, que significa, constante, firme!

Fontes Consultadas:
Ana Belo (1997) Mil e tal nomes próprios, ARPEN/SP Behind the Name, IBGE, IRN, SPIE

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