De uma forma ou de outra, acreditando ou
não nos acontecimentos, ouso dizer que não existe português que não conheça
este nome feminino: Jacinta! O nome,
a par de outros dois – Francisco e Lúcia – enraizou-se profundamente na
nossa cultura popular e religiosa que enalteceu três crianças nascidas na Cova
da Iria, Portugal, no início do século
XX. Podiam ter sido três crianças rurais absolutamente normais, mas a sua fé e
as alegadas visões de um Anjo e de Nossa Senhora fizeram deles 3 figuras muito
queridas do nosso imaginário e legado cultural, que ainda hoje em dia perdura.
Talvez por esse motivo, a carga religiosa em torno de Jacinta e de Lúcia torna-os
pouco atrativos para os portugueses contemporâneos, sendo isto mais verdade
para Jacinta. O mesmo não se
verifica com Francisco, até porque
se formos a analisar este nome masculino sempre foi tão utilizado que
dificilmente o pastorinho seria um motivo para a sua (des)promoção.
Os dados do SPIE, referente aos anos
1920-1980 dão-nos conta de um uso comedido de Jacinta, que nunca baixou dos 40 registos anuais, mas que raras
vezes esteve acima dos 100, o que só se verificou em 1968 e 1969. Desde então,
o seu uso tem sido cada vez menor. Em 2013 nasceram apenas cinco Jacintas em Portugal e em 2014 sete,
juntamente com os compostos Maria Jacinta, Jacinta Isabel, Carolina Jacinta e Jacinta Gabrielenia.
Não estou certa se se poderá verificar um
aumento nos próximos anos, pois nem mesmo quando a jornalista Raquel Matos Cruz escolheu este nome
para a sua filha o número de registos anuais se alterou significativamente.
Talvez Jacinta permanecerá estagnado
durante algum tempo, mas não encontro quaisquer objeções ao seu uso. Acho-o
forte e simultaneamente meigo e carinhoso. É um nome com conotação religiosa? Em
Portugal é, dificilmente noutros sítios o será. É de fácil internacionalização e
é também nome de flor, o que o torna bastante interessante.
Trata-se da forma feminina de Jacinto, que tem a sua origem no grego ‘Υακινθος, posteriormente latinizado para
Hyacinthus, nome utilizado para
designar a flor. Na Mitologia Grega, Jacinto
foi um um jovem mortal, muito querido dos deuses e apreciado pela sua beleza, acidentalmente morto por Apolo
que, no seu pesar, fez jorrar do seu sangue uma bela flor, hoje conhecida como
flor-de-Jacinto.
Qual a vossa posição face a Jacinta? Apreciam-no?
Gosto, gosto, gosto! Acho super elegante! :D
ResponderExcluirNão gosto mesmo...acho tanto a grafia qt a sonoridade desagradáveis e nada bonitas.
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