terça-feira, 18 de agosto de 2015

Guida


Guida, o diminutivo mais intuitivo para uma Margarida nascida em Portugal (e presumo que no Brasil a tendência seja a mesma). É a forma carinhosa que o nosso povo arranjou para tratar as suas pequenas e grandes flores. E que se acuse a Margarida que nunca foi tratada por Guida ou Guidinha (nem que seja num breve comentário)! É um diminutivo extremamente popular e isso poderia ter sido a causa de Guida ser admitido como nome próprio em Portugal: mais um diminutivo que ganha o estatuto de nome próprio! Mas, acontece que não é verdade. Essa não é a razão de Guida ser um nome próprio autorizado em terras lusas! Ora vejamos ao pormenor:

Guida é a versão feminina de Guido. Guido? Sim, Guido – e também é autorizado em Portugal (!) É um nome com origem na palavra germânica Wido, que derivou do elementos witu (bosques) ou de wit (abrangente). A maior parte das fontes consultadas orientam para a legitimidade do primeiro significado e, assim sendo, Guida quer dizer a que pertence aos bosques, a que pertence à floresta. Para os amantes da Natureza e para aqueles que pretendem homenageá-la através de um nome para uma filha, Guida seria uma escolha impecável. Imagino logo uma menina a correr descalça pelo chão cheio de folhas ou flores, sorrindo e apreciando tudo o que vê, ouve e sente, bem ao estilo das histórias medievais que se celebrizaram em contos infantis atemporais/intemporais. Guida podia muito bem ser o nome de uma Princesa Disney, tem toda essa aura mágica especial! Mas, será errado presumir que Guida é um nome infantil, até porque rapidamente consigo imaginar uma mulher muito elegante e respeitada a usar este nome.

No entanto, e conhecendo a realidade portuguesa, é de esperar que a vossa Guida seja ocasionalmente tratada por Margarida. O elo é demasiado forte e difícil de quebrar. Mas também não é uma ligação negativa, por isso, não deverá ser incomodativa. Uma questão de hábito. E acredito que o nosso povo tem de se “habituar” a novas sonoridades, novas tendências. Mas para tal, precisamos de acérrimos defensores da novidade e aí conto convosco, amantes dos nomes próprios, para dar os primeiros passos.

Joana Recharte.

Qual a vossa opinião sobre este nome? Conseguem perspetivá-lo além do diminutivo?

9 comentários:

  1. Gosto como apelido, como nome já não...

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  2. Adoro! Vejo como nome próprio, não como diminutivo( talvez pq no Brasil Margarida seja um nome pouco usado). Tb adoro Guido!

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  3. Prefiro a versão masculina.

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  4. Acho horrível, como nome ou diminutivo. :/

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  5. Gosto mais de Guido, mas gosto das duas versões.

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  6. Não é mau, até é giro. Gosto, e de Guido também. Já Margarida não me atrai, nunca me atraiu. Margarido então, nem digo nada.

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  7. Adoro Guida! Tenho a mesma imagem que tu tens de uma menina com esse nome, Joana. Parabéns pelo texto :*

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  8. Ser margarida é tramado por causa disso, há uma tendência para te chamarem de Guida. Na minha adolescência conheci mesmo uma Guida, deve ter os seus 30 e tais agora. Não sabia o significado, é bonito. Guida em várias linguas também é guia ou mapa lololol

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  9. Sou Guida com muito orgulho... Costumo dizer quando me chamam Margarida que sou de raça pura... Mesmo Guida.

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